quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Verdadeira adoração (exemplo)


Temos muito o que aprender...
Nunca pare de louvar!

Jaky, que Jesus te abençoe e te guarde. Que Ele proteja e te cure. Que você sinta a paz que excede todo o entendimento, e seja feliz. E que a glória de Deus continue sendo manifesta na sua vida da maneira como esse vídeo demonstra. Que nunca lhe falte palavras de gratidão ao Senhor, e que dos seus lábios você possa honrá-lo e glorificá-lo. Torço por você.
"Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas."
João 10:11

Fala meu povo! Que saudade de vocês! Não sei quão irresponsável pode parecer a minha inconstância aqui no blog, mas de fato, não estou tendo muito tempo. Aliás, estou tendo tempo de sobra esses dias, mas está tudo bem paradão.

Logo depois do natal, posso falar que minha vida entrou numa rotina bem sistemática. Segunda-feira, nós acordamos, fomos ao centro de Londres fizemos algumas compras (ou pelo menos tentamos), voltamos pra casa e dormimos. Teve um outro assassinato numa das avenidas principais, em Oxford Street, nada muito fora do que tem acontecido no nosso dia a dia.

Dia 27 chegou e o Guilherme já estava pronto para zarpar. Ele foi para o aeroporto às 15h. É um pouco estranho a partir de agora começar a escrever no singular me referindo só a mim mesmo. Tal como o silêncio no ônibus, ou o espaço vazio no quarto... mas Deus sabe de todas as coisas, e tamo junto e misturado.

Quarta-feira fui ao culto da igreja do povo que conheci. Nós chegamos mais cedo na igreja e no mesmo local acontece um culto black. Muito diferente a dinâmica do culto, como ele é dirigido, as pessoas, tudo. Tive o privilégio de conhecer um pouco mais do pessoal do louvor, e foi muito edificante saber da vida de cada um. Como estava um pouco tarde, acabei dormindo na casa do pessoal mesmo (quando eu falo pessoal, é porque é toda uma família envolvida no ministério. Então eu me refiro a vários, mas a casa é uma só).

Logo de manhã quando acordei, lavei algumas louças para ajudar o pessoal a arrumar a casa. Previsível da minha parte. Encontrei com meu tio Eduardo e fomos comprar as últimas coisas para ele levar de viagem na volta. Andamos bastante.

A noite caiu, passei no supermercado pra comprar algumas coisas, inclusive um sabão em pó. Vai chegar o dia que vou ter que enfrentar a máquina de lavar roupa, então é melhor eu ficar preparado.

Hoje é aniversário da minha irmã =] parabéns pra ela. Doze anos de vida!!

É isso aí, vou tentar voltar em breve.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

#Bad News

"Como é bom contemplar o céu, interrogar uma estrela e pensar que ao longe, bem longe, um outro alguém contempla este mesmo céu, essa mesma estrela e murmura baixinho: Saudade!"

Sentir falta de pessoas que amamos é inevitável quando se trata de sair de uma realidade, na qual você está inserida por toda a sua vida, e precisa sair numa viagem internacional de 4 meses. As risadas no almoço de domingo, a correria da semana... tudo isso se torna lembranças de um passado que passou, e que por 4 meses não vai acontecer de novo. Segurar na mão de Deus e preencher a cabeça se tornam as únicas alternativas viáveis para aquilo que chamamos de superação.

Arrumar as malas, embarcar numa viagem para uma cultura totalmente diferente da sua, andar de um lado para o outro sem direção, na chuva, cheio de malas... Aventuras como essas são únicas na vida. São momentos que exigem intensidade e coragem. Coragem para arriscar... coragem para se entregar... coragem para viver.

É com grande pesar que informo que infelizmente, a partir do dia 27 de Dezembro, eu continuo sozinho nessa aventura.

Como o próprio Guilherme já disse no facebook dele: "A saudade alimenta e sacia a vontade de dormir". Cada um sabe o tamanho de sua força e quais são seus limites, e tenho certeza que, se ele precisou tomar essa decisão de voltar para o Brasil, foi porque ele chegou no seu limite.

Que Deus o abençoe e o guarde nessa caminhada de volta, e que todos esses dias aqui não sejam como o orvalho da manhã que se vai, mas que permaneça na memória para sempre.

E quanto a mim... bola pra frente! Ainda tenho 102 dias para contar como tem sido essa experiência na Europa. Conto com o apoio e as orações de vocês.

domingo, 25 de dezembro de 2011

#Então é Natal

Final de semana agitado e cheio de surpresas...

Acordamos no sábado. Sabe aquela deprê pré-natal que bate nas pessoas que estão longe da família? Pois é, o Guilherme teve uma dessas... Foi um tal de falar que ia embora, que tava com saudade do povo da casa dele, e liga o skype e tenta falar com todo mundo, e chora, e se controla... (ps.: não estou falando isso em um tom de ironia, mas é só porque é um evento fundamental para os recentes acontecimentos do final de semana).

Graças a Deus e a uma conversa que tive com minha queria líder Sarah Gabriela na noite do dia 23, acordei muito bem e com uma paz no coração indescritível. Aleluia!

Saímos de casa e fomos para Oxford Street. Hoje andamos para o lado contrário ao que já tínhamos conhecidos. Vimos várias lojas muito baratas e com roupas muito bonitas/estilosas. Eu não comprei nada, mas o Guilherme já saiu com umas sacolas na mão.

Encontramos com meu tio Eduardo em um dos cruzamentos, conhecemos mais algumas lojas e fomos para a casa de um amigo antigo dele (o mesmo que a gente deixou as malas na porta). Ele ia fazer um jantar e nos convidou para participar da comilança. Chegamos na casa dele e, como imprevistos já são previsíveis na nossa viagem, o rapaz precisava sair de casa para passar na vizinha por alguns minutos. Enquanto isso eu, o Guilherme e o meu tio demos uma volta próximo ao Rio Tâmis até o amigo dele fazer a visita. Foi muito legal a noite pois estávamos inseridos numa cultura totalmente inglesa. As pessoas só falavam em inglês e eu me esforçava ao máximo para entender tudo o que eles falavam. Um deles tinha o sotaque mais puxado pro francês, a outra pro americano, um deles era britânico mesmo e tinha uma chinesa também. As comidas que comemos eram muito estranhas e a única coisa que eu consegui reconhecer no meu prato foi o repolho. Teve uma rodada de sobremesa e depois, um dos amigos do meu tio nos deu uma carona até a casa do irmão da Rosana, esposa do meu tio Luiz Carlos.

Conhecemos pessoas maravilhosas. Grande parte deles eram líderes de alguma área numa igreja brasileira da região. Três deles fazem parte do ministério de louvor. Estava feito. HAHAHA Passamos o resto da noite cantando e louvando a Deus com um violão maravilhoso.

Conheci o Rafael que é um cara de 18 anos que tá morando a três ano aqui na Inglaterra, e conversamos muito a respeito de várias coisas. Devo contratá-lo pra ser meu guia em Londres esse tempo que vou ficar aqui.

Dormimos aqui e na manhã seguinte a casa já estava cheia de novo. Dia 25 de dezembro é como se Londres morresse. Não tem uma alma viva andando na rua muito menos qualquer comércio funcionando. Passamos o dia inteiro rindo e descontraindo com as pessoas. Até lavei vasilha. Mais tarde chegaram algumas pessoas que também são do ministério de louvor e fio mais uma noite maravilhosa, regada com muita divisão vocal e risadas.

Hoje vamos dormir aqui de novo e amanhã vamos fazer alguma coisa.

=]

Chegou o natal - por Jonatas Kaizer


Chegou à hora de reunirmos toda a família, festejar, colocar o papo em dia, rever parentes distantes, e muito mais. Esse sentimento é universal, em todos os lugares as pessoas comemoram o Natal, e principalmente, trocam presentes! A generosidade é contagiante, os problemas e desavenças são esquecidos e a paz se faz presente. Enfim, chegou o Natal.

A ceia começa a ser preparada no início da semana, quando são comprados os panetones, frutas, nozes e o prato principal, o chester. Ligações são feitas, não podemos esquecer-nos de nenhum convidado. Preparamos o prato principal, sobremesa, tira gosto, sucos, refrigerantes, são inúmeras tarefas e pouco tempo.

Não podemos nos esquecer de enfeitar a casa. Compramos os famosos pisca-piscas e os colocamos nas portas, janelas, telhado, árvores, a imaginação do ser humano não tem limites. Seria um crime federal esquecer-se da árvore no meio da sala. Enfeitá-la é um ritual que demanda tempo e precisão cirúrgica. E temos ainda que colocar os presentes embaixo dela.

Presentes? É ainda temos que dedicar algum tempo para compra-los. Pessoas queridas, que ao logo do ano marcaram nossas vidas, e nos ajudaram a superar os desafios. Nossos queridos pais, tia (o)s, primos, amigos, namorada (o). São tantas pessoas, e não podemos nos esquecer de ninguém.

Depois de muita correria está tudo pronto, a ceia preparada, decoração impecável, presentes comprados e embalados. Mas espere, sinto que está faltando algo, o que poderia ser?

Será que lembramos o real significado do Natal? Não estamos falando de um velhote de barba que atravessa o mundo entregando presentes a todos em apenas uma noite. Quero lhe contar sobre uma história que ocorreu há mais de dois mil anos atrás, quando Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todos os que nele creem, tenha a vida eterna. Estamos falando do nascimento de Jesus Cristo. Aquele que tanto nos amou que suportou calunia, dor, humilhação e ainda se entregou em uma cruz, para que nós tivéssemos livre acesso a Deus.

Em meio a tantas tarefas e atividades, acabamos por esquecer qual é o sentido do Natal. Lembramo-nos de convidar muitas pessoas, e o convidado principal às vezes fica de fora das festividades. Esquecemos também que o maior e melhor presente nos foi dado há muito tempo atrás, a vida eterna.

Nesse Natal lembre-se de separar um tempo para agradecer a Deus pelo presente que Ele nos deu, e também a Jesus Cristo que está presente entre nós. Dedique tempo aquele amigo que esteve ao seu lado em todos os momentos, e te ajudou a superar todos os desafios. Dê um presente a Ele, sua amizade.

Chegou o Natal.

sábado, 24 de dezembro de 2011

#Hillsong Church - Wembley Arene

Nada como uma manhã de descanso. Acordar sem ter pressa para sair, conseguir esticar os braços, alongar as pernas, olhar pela janela, ver os carros passando, as pessoas andando, os pássaros voando, sentir o vento frio na pele, ouvir as folhas das árvores caindo no chão... liberdade. Liberdade de uma rotina corrida com malas e horários.

Hoje nós acordamos por volta das onze da manhã. As compras que tínhamos feito para o café da manhã permaneceram na geladeira até a noite de hoje. Estávamos sem fome alguma. Enquanto atualizava o blog na parte da manhã, descobri que à noite a Hillsong Church faria um evento no Wembley Arene às 19h30. Saímos de casa sabendo que este horário, já estaríamos lá. O que faríamos antes disso, ninguém sabia.

Pegamos o ônibus em direção ao centro da cidade. Estava começando a chover e vimos que o trânsito estava um pouco parado. Descemos e pegamos um metrô em direção a Oxford Circus, centrão de Londres. Assim que descemos fomos a uma casa de câmbio trocar o dinheiro que tínhamos por libra. Andamos nas diversas lojas fazendo um levantamento dos preços, até que a chuva começou a apertar de novo.

Estou começando a achar que tem alguma coisa no nosso sangue que ativa o alarme das lojas. Entramos e saímos de umas duas lojas e em ambas o alarme disparou e tivemos que mostrar nossa mochila para o segurança.

Ficamos sentados por alguns minutos em frente a entrada de um Pizza Hut pensando no que fazer. Recebemos o convite de participar de um culto especial de natal na igreja da esposa do meu tio Luiz Carlos. Hillsong ou Igreja da esposa do meu tio? Dúvida. Sem muito esforço, a Hillsong ganhou. Saímos da porta da pizzaria (literalmente na porta vendo as pessoas entrarem e saírem) e pegamos um metrô até o Queen's Park. Saímos da estação e pegamos um ônibus.

Dentro do ônibus apareceu um velhinho com begala, cabelo branco e um cachecol velho enrolado no pescoço. Achávamos que era só um mais um idoso que estava entrando no ônibus na rotina do dia a dia. Porém, achei muito legal a maneira como a simpatia desse homem contagiou todos dentro do ônibus. Primeiro ele puxou papo com algumas crianças que estava no ônibus, depois pegou sua gaita e começou a tocar várias músicas. Sempre com um bom humor indescritível, ele misturava música com piadas e histórias da sua vida. Ele até chegou a pegar em uma das blusas que estava usando algumas fotos de época. Fotos de quando era criança, dele e do irmão em campo de guerra. Um velhinho cheio de histórias para contar com um carisma indescritível. Quase comecei acreditar que papai-noel existia e estava sentado ali na minha frente. Rsrsrsrs.

Em certo momento, ele ainda perguntou pra gente de onde nós éramos. Falei que éramos brasileiros e estávamos em Londres para estudar. Você acredita que ele deu uma aula de Brasil pra gente? Começou a falar da população de São Paulo e Brasília, a falar da extensão territorial, que o Brasil era a quinta maior economia do mundo, falou de danças latino-americanas, do Cristo Redentor... o.O (fiquei de cara).

Já chegando na Wembley Arena, descemos do ônibus e seguimos o fluxo de pessoas. Muitas pessoas. Fomos muito bem recebidos com pessoas sorrindo o tempo todo. Achei um máximo. Nos colocaram em cadeiras bem perto do palco. O clima natalino já estava na galera. Pessoas com gorro do papai noel distribuindo balas estavam em todos os lugares.





O culto começou. Estávamos extasiados. Vocês não tem noção da vibe que começou a dominar o local. Mesmo sendo um culto especial de natal, era Hillsong, e só isso bastava. Glória a Deus pela vida desse ministério. A programação teve de tudo: coral black, aquelas morenas que entram pra cantar e você já sabe o que vai acontecer, quintetos masculinos, duetos, papai-noel, violinos, papéis voando na galera... incrível. Trocamos ideia com algumas pessoas rapidamente e foi muito legal. Seguimos o fluxo na hora de ir embora, pegamos o metrô e viemos para casa.

Noite tinha terminado com chave de ouro. Amanhã é Natal e hoje o dia vai ser corrido também. Em breve nos falamos.

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz."
Isaías 9:6

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

#Malas: tê-las ou não tê-las, eis a questão

Um número grande demais de cristãos vive na casa do temor e não na casa do amor.
Brennam Manning

Achei por um breve momento que, finalmente conseguiria parar um pouco e descansar. Sair dessa vida de nômade indo de um lugar para o outro com as tais sete malas, e poder curtir um pouco aquilo que chamamos de sedentarismo. Engano meu. Mal sabia eu que o dia de ontem (quinta-feira) seria um dos mais puxados (mesmo com a presença do meu tio ajudando a carregar as malas).

Nota: eu tenho DOIS tios. Um que mora aqui em Londres (Luiz Carlos) e um que veio do Brasil para esse finalzinho de ano (Eduardo). Possivelmente eu posso ter confundido sua cabeça com tantos tios em diferentes contextos. O que está nos ajudando é o Eduardo. Meu outro tio trabalha normalmente aqui na Inglaterra.

A casa onde dormimos fica em um bairro na zona 3 de Londres. Saímos dela para pegarmos um ônibus em direção a estação ferroviária mais próxima. Sabe aqueles famosos ônibus de duas portas e com dois andares que a gente sempre vê quando se fala em Londres? Pois é, esse não tinha dois andares e muito menos duas portas. Foi uma dificuldade pra conseguir entrar com as malas e arranjar um lugar sem atrapalhar a passagem das pessoas... Sem contar que os ônibus tem um espaço especial para bebês que estão sendo puxados por carrinhos. Ou seja, o único espaço que tínhamos pra colocar as malas teve que ser desocupado pra essas crianças.

Descemos na estação e colocamos mais crédito no nosso Oyster Card (cartão utilizado para andar de ônibus e metrô em Londres). Descemos e pegamos o metrô da linha Victoria Line. Saímos em uma das estações centrais de Londres, pegamos outro metrô, andamos mais um pouco, paramos, saímos da estação e fomos para a rua pegar um ônibus.

Meu tio estava o tempo todo tentando comunicar com o rapaz que ia alugar o quarto pra gente e ele não respondia. Estávamos com sete malas na rua sem uma casa para guardarmos elas. Meu tio contactou um amigo da época em que ele morou aqui em Londres, e conseguiu combinar com ele para guardarmos as malas na casa dele enquanto estávamos sem rumo.

Pegamos mais dois ônibus, lotados, chegamos na casa do amigo do meu tio e ele não estava lá. Meu tio precisou pegar o metrô para buscar a chave com ele e voltar. Enquanto isso, tivemos muito tempo para perceber como as pessoas em Londres são tão diferentes dos italianos. Na Itália, as pessoas se preocupavam com o estilo e víamos o tempo todo pessoas elegantes andando de um lado para o outro. Aqui na Inglaterra (pelo menos até agora), cada um faz o seu estilo e anda do jeito que bem quiser. A maioria não consegue acertar, mas é bem engraçado analisar isso.



Meu tio chegou com a chave, guardamos as malas, saímos, pegamos o metrô, encontramos com o amigo dele, devolvemos a chave, e finalmente íamos fazer alguma coisa sem malas.

Na mesma estação central, pegamos o ônibus em direção ao Hyde Park. Ficamos uns 30 minutos andando até que meu tio conseguiu falar com o cara do aluguel. Como não ia demorar pro dia escurecer nós descemos do ônibus atravessamos para o outro lado para pegar o mesmo ônibus de volta para a casa do amigo do meu tio.

Chegamos lá, pegamos as malas, pegamos dois metrôs e pegamos um ônibus e chegamos na rodovia principal perto da nossa casa. Tivemos que andar mais uns 300 metros para chegar na casa. Sabe o cansaço? Já estava gritante. Pelo menos o nosso quarto foi melhor do que a gente estava esperando. Bem espaçoso e com direito a uma geladeira inteira pra gente.

Deixamos as malas para sairmos para comprar edredom e para comer. Passamos na Argos e no supermercado Tesco. Depois meu tio foi embora e nós comemos numa pizzaria ali perto mesmo. Nós pedimos duas pizzas BIG SIZE para nós dois. Óbvio que sobrou, mas aí a gente levou pra casa depois. Fomos ao supermercado pra fazer as compras e o Guilherme quase é atropelado. É muito automático pra gente olhar pro lado esquerdo quando vai atravessar na rua, porém, a Inglaterra não funciona desse jeito. A mão do trânsito é invertida e se você não olhar pra direita quando entrar na rua, corre um grande risco de perder um pé... um braço... uma cabeça... sabe-se lá o que mais.

Compramos algumas coisas principais para o dia de hoje e só depois que vimos a quantidade de coisas que a gente tinha comprado. Tivemos que pegar um ônibus para adiantar o caminho cheio de sacolas e pizza, até chegarmos na nossa rua. Mesmo com os dedos roxos, sem circulação, e com as coca-colas caindo pela rua, conseguimos chegar no quarto.

Arrumamos nossas malas nos guarda-roupas, fizemos a cama e descobrimos o acesso a internet.

Mais pro fim do dia já conhecemos alguns dos moradores da casa e trocamos ideia com a Beatriz, uma espanhola que mora aqui. Tem também um pessoal de Portugal e de Camarões.

Bom, no mais é isso. Acho que agora consigo voltar a escrever constantemente...

Hoje a noite narro como foi o dia e se fomos ou não num evento de natal da Hillsong Church. Abraços.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

#Momentos de tensão

Meu tio não estava no albergue no horário combinado. Esperamos ele por mais meia hora e ele não chegou. Não podíamos correr o risco de perder as passagens do Eurostar por causa dele, então começamos a nos dirigir para a estação de trem mais próxima para irmos para a estação de trem da qual partiríamos para Londres. Esperamos mais uns dez minutos na porta da estação e nada dele aparecer. Depois de diversas tentativas de mandar mensagem e ligar para ele, recebo uma ligação de um número desconhecido (era ele). Ele me fala que está em frente ao MC Donald's. Fui ao encontro dele e, na verdade, ele não estava lá... estava em outra filial. Voltei correndo. O tempo já estava no limite. Acabou que de última hora, todos nós estávamos entrando no metrô. Depois de uns celulares quebrados e muita correria, pegamos o trem para a estação.

Chegamos lá e já nos direcionamos para o check-in do Eurostar. Preenchemos uma ficha e ainda conseguimos alguns minutos para comprar um MC Donalds para a viagem. Não tínhamos comido nada durante o dia, e comer estava sendo uma necessidade gritante.

No meio dessa correria toda, uma coisa não saía da minha cabeça: IMIGRAÇÃO.

A imigração para a entrada em UK, no meu caso especificamente para a Inglaterra, sempre foi muito rígida, principalmente com os brasileiros. Essa questão deles estarem barrando as pessoas que viajam ilegalmente para trabalhar, ficar além do tempo do visto e etc... Eu já tinha lido muitos depoimentos na internet de pessoas que foram barradas e que conseguiram passar tranquilo, mas o frio na barriga era inevitável.

Passamos pela imigração da França. A próxima era a inglesa. Tinham três oficiais de imigração recepcionando as pessoas. Eu vi uma mulher (em tese, simpática) e me dirigi a fila dela. Porém, a fila do lado tinha acabado de ficar vazia. Podia ser muito suspeito eu não querer ir na outra fila e permanecer na que eu estava. Sem contar que o rapaz viu que eu estava junto do Guilherme e já chamou nós dois ao mesmo tempo.

Quando ele viu os passaportes brasileiros, a cara dele já mudou. A primeira pergunta que ele fez foi sobre o que pretendíamos fazer no UK. O fato dele falar para dentro com um inglês não muito bem audível foi uma complicação para a gente entender o que ele queria saber. De qualquer maneira, conseguimos responder tranquilo.

Tenho plena consciência da necessidade do controle da imigração sobre as pessoas que entram no país, mas por tudo o que eu tinha lido e sabia, eu realmente achei que fosse ser mais tranquilo. Depois da primeira pergunta, o cara começou a querer saber minha vida inteira. Ele impombou mais comigo do que com o Guilherme (pela primeira vez na viagem). Quem ia me sustentar, com o que meus pais trabalhavam, com quem eu ia morar, com o que ele trabalhava, porque eu e o Guilherme estávamos em escolas diferentes, porque viajamos nessa época do ano, quando voltaríamos, se levamos dinheiro, quanto (pediram pra ver) e etc. O pior disso tudo foi que ele sempre pegava no carimbo para bater no nosso passaporte, e toda hora soltava e continuava fazendo perguntas. O tom de ironia na voz dele era perceptível e ele não tava afim de deixar a gente entrar. Mas... Deus é bom!

Falando assim pode não parecer que foi tão tenso como foi pra mim, mas de qualquer maneira, valeu a experiência e consegui entrar no UK com visto para 6 meses. Agora vamos ver como vai ficar minha vida...


Chegamos em Londres depois de duas horas de viagem, compramos o cartão que é necessário para os ônibus e metrôs e logo embarcamos para a casa do meu tio. Foi engraçado (em parte) porque o dono da casa que meu tio está morando não sabia que iríamos para lá. Completos intrusos. Rsrsrsrs. Comemos uma comida a la brasileira bem gostosa e logo dormimos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

#Do Louvre a Notre Dame

“A graça nos diz que somos aceitos como estamos. Podemos não ser o tipo de pessoa que desejaríamos, podemos estar muito distantes de nossos objetivos, podemos contar mais fracassos do que realizações, podemos não ser ricos, poderosos ou espirituais, podemos até mesmo não sermos felizes, mas somos apesar de tudo aceitos por Deus e seguros nas Suas mãos. Essa é a promessa feita a nós em Jesus Cristo, uma promessa na qual podemos confiar” – Brennan Manning

Último dia em Paris.

Acordamos às 8h da manhã e não tardamos em ir para o Museu do Louvre. Pegamos o metrô para a direção errada, porém, o sistema ferroviário em Paris é tão extenso que, mesmo você indo pro lugar errado, você esta indo pro lugar certo.

Descemos na estação de metrô em frente ao Museu. Desde que chegamos em Paris vemos várias crianças surdas e mudas pedindo assinaturas para algum projeto que eles estão desenvolvendo. Os três dias que estivemos em Paris elas vinham ao nosso encontro e ficavam no pé para ganhar a assinatura. Nós não sabíamos bem o que era, até tentamos comunicar com elas mas... não deu.

Hoje era o dia limite do cansaço. A maioria das pessoas que me conhecem sabe que meu pique é grande e que aguento grandes maratonas de esforço físico ou coisas do gênero. Hoje me lembrei de todas as pessoas que, alguma vez na vida, já deixaram de ir na esquina para comer alguma ciosa ou tomar um sorvete, só porque estava, em tese, "cansada". Se você é uma dessas pessoas, fica a dica: inventa de fazer um mochilão na  Europa com sete malas (pesadas), atravessando várias fronteiras da Europa e, no último dia de turista, inventa de passar no Museu do Louvre (agora sim você sabe o que é estar cansado).

Nos esforçamos para visitar o máximo da exposição do museu, mas o cansaço estava gritante. Vimos as principais obras (tais como a estátua do Vênus de Milo, a Vitória de Samotrácia e a Mona Lisa), e logo encontramos com meus tios no setor central do museu.













Jerry no leão.

Lembra a parte dos posts quando começo a falar sobre polícias, acidentes, manifestações, barulho, desespero e etc? Não preocupa, dessa vez não vai ser diferente. Assim que saímos do Louvre, vimos diversos carros policiais passando numa velocidade muito alta em direção a ilha onde fica a catedral de Notre Dame (nosso próximo destino). Não demos muito valor ao ocorrido até percebermos que, teoricamente, a coisa era séria. (Na verdade, depois descobrimos que não passava de uma greve dos ônibus em frente ao palácio real).





Saímos dali direto para a Catedral de Notre Dame. Quantos aqui lembram do nosso amigo Corcunda de Notre Dame? Rsrsrsrs. Foi muito legal andar pela praça em frente a catedral e lembrar de algumas cenas do filme. Imaginar como era naquela época, como as pessoas se vestiam, seus rituais e afins... muito divertido. A catedral é linda.


No dia anterior, quando fomos na Sacre Cleur, tinha um africano fazendo um futebol-arte muito legal. Meu tio queria contactá-lo e já que estávamos sem rumo, fomos junto com ele. Enquanto ele subia os trocentos degraus até o topo da basílica, o Guilherme aproveitou para gastar o resto dos euros que ainda tinha.

Praticamente sendo carregados pela inércia, pegamos um metrô para a estação mais próxima do albergue onde encontraríamos meu outro tio para irmos para a Inglaterra. E foi aí que o bicho começou a pegar...

Vídeo - Montanha Saleve




#Cidade das luzes


***

Olhar para a minha cara e do Guilherme, é ver o reflexo de duas pessoas que estão a quase 15 dias viajando de um lugar para o outro, e definitivamente não estão aguentando mais nada.

Apesar de estar em um lugar muito frio, às vezes me pego sentindo um calor que não consigo entender. O Guilherme (que já até gripou) anda sempre com cachecóis e cachecóis, blusas e jaquetas que não consigo entender de onde vem esse frio que ele sente. Acordamos na terça-feira de manhã numa lombeira que só Jesus. Cansaço veio com tudo. Já tínhamos perdido o café da manhã, e hoje tínhamos que conseguir visitar metade de Paris.

Fomos para o metrô mais próximo do nosso albergue, e partimos em direção ao Arco do Triunfo nos Champs Elysees. Mais uma das construções de dimensões infotográficas (que a fotografia não consegue expressar - eu inventei essa palavra - #NeologismoNaVeia). Nós achávamos que para chegar até o Arco, precisaríamos atravessar uma rotatória intransitável para nós, mortais pedestres. Na verdade, existia uma passagem subterrânea a qual só descobrimos à noite.




Com nosso fiel companheiro nas aventuras na mão (o mapa), fizemos uma rota rumo a Torre Eiffel. Se um dia alguém te falar que você consegue chegar facilmente na torre Eiffel, já que você pode simplesmente procurar ela na paisagem, localizar, e andar em direção a ela: NÃO CAIA NESSA. Dá pra ver a torre da cidade inteira (seja a cinco metros de distância ou a 2 quilômetros - não se deixe enganar). Andamos um bucado, paramos para fazer um lanchinho e chegamos a ponte do Rio Sene.






A torre é simplesmente, linda. Se você um dia tiver a oportunidade de conhecê-la, não deixe de parar quase embaixo dela, olhar para cima e ter a sensação de que ela está caindo em cima de você. Foi na Torrei Eiffel que combinamos de encontrar com meus tios que estavam vindo de Londres ficar um dia aqui em Paris também. Aproveitamos para entrar na fila para conhecer a torre do topo. Porém, mesmo depois de uma hora na fila, além dos meus tios terem atrasado, a gente teria que pegar outra fila que demoraria mais uma hora. Mesmo tendo "perdido" tempo na fila, abrimos mão de conhecer Paris do alto da torre para tentarmos conhecer outros lugares. Antes disso, mais algumas fotos.




Encontramos com meu tio perto da Vila do Papai Noel onde tinham várias lojinhas e a pista de patinação. Foi muito legal ter um pouco de contato com meu povo brasileiro.


O sistema de metrô em Paris funciona perfeitamente. Achei muito legal andar de um lado para o outro (mais legal ainda cochilar em praticamente todas as viagens).

Fomos direto para a Basílica de Sacré Cleour. Ela ficava num morro muito alto. Precisamos subir muitas escadas com muitos degraus. #Preguiça Ainda mais que a gente ainda não tinha almoçado. Tinha uma vista maravilhosa de toda a cidade. Enfim... a Basílica é linda. Dentro dela ela ganhava proporções inimagináveis, e tinha uma beleza bem "Parísica". Não podemos tirar foto da parte de dentro.




Paramos para fazer um lanche rápido e continuamos com o passeio. Já estávamos tão cansados que não tínhamos programado nada para fazer. Então fomos andar no centro de Paris à noite. A cidade é linda (fica a dica).


Andamos bastante e, mesmo não tendo patinado no gelo, valeu muito o passeio. Comemos um MC Donalds para não perder o costume e fomos para o albergue.

Hoje, quinta-feira, vamos visitar o Museu do Louvre e Notre Dame. Devemos passar em mais algum lugar também.

(Consegui atualizar os posts. YES. Em breve nos falamos povo. Chegamos em 900 visualizações UHUUL)



terça-feira, 20 de dezembro de 2011

#Partiu Paris (França)


Chegou o dia. Nós sabíamos que não ia demorar a chegar já que ficamos só um final de semana na Suíça... mas foi um final de semana muito especial com pessoas maravilhosas. Gostei demais de ter conhecido o Gabriel, filho da Sônia e do Mazinho. Conversamos sobre tanta coisa como se fôssemos amigos há séculos. Ele me falou sobre a vida dele, sobre o chamado pastoral e muitas coisas legais... Ainda vou trocar muita ideia. 

Acordamos às 8h para irmos comprar o ticket do trem. Tomamos um Nesquik de chocolate rapidamente e partimos (inclusive, o leite na Suíça é muito gostoso). Não tínhamos comprado no dia anterior porque queríamos conversar com o Mazinho antes. Acabou que foi tudo tão corrido que nós nem conversamos com ele e decidimos comprar passagem pro trem de 12:29. Compramos o ticket do ônibus, chegamos até a estação, pegamos a passagem, saímos para a loja XXL para vermos o iPad2 pro Guilherme, e logo começamos a ficar preocupados com o tempo (e justo nessas horas que a tal Lei de Murphy começa a atuar). Não tínhamos mais moedas para comprar o ticket nas máquinas que ficavam nos pontos. Os cartões não estavam entrando, e estávamos começando a ficar preocupados. Depois de perder uns 20 minutos, finalmente conseguimos embarcar para casa para pegarmos as malas e sair.






A gente começa a perceber como um carro facilita muito as coisas quando se tem que pegar um trem levando sete malas, debaixo de neve. Ô lasqueira viu sô. Foi um perrenhe até chegarmos na estação. Não conseguimos parar pra comer nada, muito menos de acabar de gastar nossos francos. Ficamos minutos procurando onde era o embarque de trem internacional, e quando o achamos, conseguimos achar uma cadeira para dormir (pelo menos foi o que eu fiz). Era 11:00 e nosso trem sairia 12:29.


Mais uma vez, vimos MUUUUUUITAS pessoas bonitas. HAHAHA acho que deve ser o ar europeu em contato com a pele desde bebê. Com muito custo, enfiamos nossas malas no bagageiro e pegamos o trem. Graças a Deus não tivemos nenhum problema com a imigração. Estávamos atravessando a fronteira da Suíça com a França, então foi necessário passarmos por ela. Foi muito confortável a viagem (tirando o lanche que eu comprei em que o pão era horrível – a coca-cola salvou). Foram quase quatro horas de viagem.

Sabe aquela parte aventureira das nossas viagens? Pois é...

Chegamos na estação central de Paris sem saber para onde ir. Tudo bem que isso não é novidade, mas de todos os lugares que passamos, Paris foi de fato o lugar que mais ficamos desnorteados. Compramos um mapa como de costume, localizamos o endereço do nosso albergue. Uma moça nos ajudou a desvendar como chegar nele pelas vias ferroviárias. Pegamos o metrô com as sete malas, paramos em uma das estações, procuramos a outra parada, andamos com as sete malas até ela, pegamos o  metrô e paramos em uma outra região central de Paris. Dentro do metrô, parece que é um labirinto com tantos caminhos que você pode entrar. Cada lugar que passamos tinham mendigos tocando instrumentos vestidos de papai-noel.

Quando estamos saído da estação, vem a surpresa: CHUVA. E antes esse fosse o nosso único problema. A gente sempre ouve as pessoas falarem de Paris que é a cidade das luzes, dos perfumes e bla bla bla, mas uma coisa que eu nunca ouvi ninguém falar de Paris: que aqui faz um frio descomunal e chove pra burro.

Andando com sete malas na chuva, nos localizando para andarmos a pé até o albergue, percebemos que  com aquela chuva, não ia rolar. Pegamos um taxi que nos levou para o albergue. Colocamos nossas coisas no quarto, e na ânsia de conhecermos Paris, já saímos rumo a Torre Eiffel.



As fotos estavam longe do que a gente pode chamar de perfeição, mas foi muito legal (mesmo com o frio) passear pela torre. Tinha uma vila do papai noel, umas fontes jorrando água em todas as direções, uma pista de patinação de gelo (*-*), comida de tudo que é tipo, e chuva. Fomos embora para o albergue.

(Galera, vou tentar fazer com que o meu corre-corre não atrapalhe a riqueza de detalhes da viagem que eu continuo pretendendo expor nos textos. Foi mal pela demora e, se eu lembrar de alguma coisa, eu faço um PS em algum lugar).

#MortoDeCansado